sejam todos bem - vindos ao meu mundo!

E que minha loucura seja perdoada ,pois metade de mim é amor e a outra metade também!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A voz do silencio

despedida


tudo ainda esta muito confuso em minha vida,quero dizer do lado sentimental,por isso deste dia em diante decidi tomar uma decisao, a qual me parece a mais sensata no momento,quero ficar sozinha,quero terminar com o douglas e nao para voltar com o alexandre ou algo do tipo, nao,preciso ficar sozinha,quero curar essas cicatrizes que eu trago no peito,quero repensar minha vida,sei la quero ficar um tempo na solidao porque esta tanto barulho ao meu redor que eu nao consigo nem ouvir meus proprios pensamentos quanto mais ouvir meu coraçao..preciso desse tempo de tudo e todos preciso ouvir o que meu coraçao diz e encarar meu pior medo de frente: a solidao.

por isso coloquei em minhas redes sociais,facebook,msn,orkut,etc. que vou ficar off por um tempo nao coloquei quanto tempo nem os motivos,soh preciso me desligar do mundo quero apenas ficar apenas comigo,preciso ouvir as vozes da minha alma ver as ferias abertas e as cicatrizes das feridas passadas e quando eu fizer isso e refletir muito ai sim eu vou poder tomar uma decisao e saber que caminho seguir .
vi essa cronica e me indetifiquei com a fase que estou vivendo..


Despedida







Rubem Braga



                     E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perda da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação.


Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um recôndito despeito.


E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho?


Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.


Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus.


A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo.


Extraído do livro "A Traição das Elegantes", Editora Sabiá – Rio de Janeiro, 1967, pág. 83.





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